55 – É o teste “Crioulo doido”
Há todo momento provar que sou tranquilo,
Não ando com um cano, pra que tenho os conhecidos?
Alguns, vários que vivem no submundo,
Tem de tudo aguçado, estressado ficou mudo.
Pentágono, pelo amor vai chegar sua vez,
Time do loko, iporanga é com vocês.
Sem treta, só a dor, a madeira consumindo
No mundo a responsa de dizer quem tá comigo.
De kichute pra jogar quantas vez levei capote,
500 conto num tênis irmão é pra quem pode.
De carro com bitches, o boy se acha grande! olho no lance!
Grande foi Mahatma Gandhi.
Sangue com o barro, atrocidades não esquece
Eu ainda não tô treze, e se ficar vai ser de rap.
Eu tô por dentro, virado no setecentos,
Eu já vivi do lado, eu tô ligado que é o relento.
Jaílson, gilmar, barrão, saudades tenho,
Tô jogo maluco, é só o começo.
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Não se corromper pra nóis já é vitória
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Procure ser feliz, pobreza não é derrota
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Enquanto deus deixar vou rimar até umas hora
More aonde for, viva o que viver,
Seja um homem, e mantenha sua postura.
Vários vão pro saco, na vala não tem vaga,
O criolo aqui é doido e não aceita mancada.
O que penso familia, ainda nela acredito,
Deus abençoe meus pais e fortifique meu espírito.
Pior que um trator, o Grajaú na missão,
Varios manos representam, relâmpago e trovão.
Sem oportunidades, o negócio que mais cresce,
É vender uma parada, ou então cantar um rap.
Na correria a milhão no bolo eu também tô,
Zona sul nossa quebrada valoriza o rimador.
Em dia de cosme e damião jardim lucélia se alegrou,
Deus abençoe criança na rua, dona cida organizou.
É simples, Deus não paga pau pros lóki,
O pó, as armas, é o demônio dando bote.
Dá um prato de comida, descabelado é que ele sofre,
Realmente compreendi, sobreviver é só pros fortes.
E da morte, não há como desviar,
O tempo encurtou, então devo me expressar.
Caneta e caderno, minhas armas descrevi,
Arujá no gol quadrado vai escreve aquilo ali.
Nas antiga sem dinheiro eu não podia consumir,
Ir pra festa com os parceiros é calça jeans e mocassim
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Não se corromper pra nóis já é vitória
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Procure ser feliz, pobreza não é derrota
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Enquanto deus deixar vou rimar até umas hora
More aonde for, viva o que viver,
Seja um homem, e mantenha sua postura.
Porque eu canto é com amor, essa porra de rap.
Eu já vi a morte na minha frente, a morte não me esquece.
O que me fez diferente, foi aceitar meu talento,
Rimadores com flow pra aliviar seu tormento.
O que eu digo, é de coração amigo,
Se eu tivesse que parar já tinha parado mas eu sigo.
Porque a arte liberta, esse é o meu desejo,
Talento Deus deu do metalúrgico, ao cozinheiro.
E a minha mãe que cuida de mim independente da minha idade,
E quem não tem mamãe, valoriza e tem saudade.
Eu respeito, há como eu respeito,
Amor de mãe não se escreve, aí não tem defeito.
Seria tão bom se a mãe da gente não sofresse,
Não ficasse doente e também não envelhecesse.
É coisa ruim, hoy, a gente até esquece,
As mães que não compreendem os manos que cantam rap.
É tudo bem, eu quero paz pro mundo.
Não a guerra, não a fome, não ao latifúndio.
Ninguem é melhor que ninguem, as pessoas são diferentes,
O que me faz feliz, te deixa com a cabeça quente.
É o rap, que eu canto é por amor,
Se eu tô vivo hoje é porque a missão não acabou.
Criolooooooooooooooooo!
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Não se corromper pra nóis já é vitória
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Procure ser feliz, pobreza não é derrota
É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Enquanto deus deixar vou rimar até umas hora
More aonde for, viva o que viver,
Seja um homem, e mantenha sua postura.
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